O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional
do Trabalho (OIT) lançaram hoje (14) a série de oito vídeos O Futuro que
Queremos, uma campanha de incentivo à inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. O evento ocorreu nesta manhã, na
sede do MPT, na capital paulista.
Na série, cada episódio de
aproximadamente quatro minutos de duração, oferece os recursos de
acessibilidade: intérprete de Libras, legendas e audiodescrição. As
histórias trazem personagens inspiradores que trabalham ou estudam, com
objetivo de mostrar que a inclusão é possível.
O diretor da OIT no
Brasil, Peter Poschen, explica que o tema da inclusão de deficientes
vem sendo debatido há muitos anos. “A primeira vez que [o tema] foi
tocado, em 1925, se referia a pessoas que perderam a capacidade por
acidente de trabalho ou doenças”. Posteriormente, o assunto foi ampliado
para todas as pessoas com deficiências.
Poschen citou a Convenção
número 159 da OIT, que incentiva a inclusão, e que deu início a uma
década de boas práticas. “É significativo que a maiores redes de
empresas estão procurando promover a inclusão de pessoas com
deficiência”, disse.
O procurador-chefe do MPT em São Paulo, Erich
Vinicius Schramm, lembra que o trabalho decente e a dignidade da pessoa
humana são direitos presentes na Constituição. “É missão institucional
do MPT brigar, no bom sentido, pelo trabalho decente. Realizar, de todas
as formas, a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de
trabalho,” acrescentou.
Segundo a vice-coordenadora Nacional de
Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no
Trabalho, Sofia Vilela, alguns mitos atrapalham a contratação. Empresas
alegam que não encontram pessoas com deficiência para contratar, que
estas pessoas não são capacitadas e que elas preferem receber o
benefício social pela deficiência a trabalhar.
“O Ministério
Público do Trabalho tem que obrigar as empresas a contratar porque está
na lei. As empresas têm que cumprir, por uma questão de responsabilidade
social e por questão de ordem jurídica”, defende Sofia Vilela.
fonte: JORNAL DO BRASIL
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