"Quem não luta por seu direitos, não é digno deles"
Rui Barbosa.

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15 Anos de Lutas e Conquistas

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Você conhece Peng Shuilin um homem insuperável?







Obrigado Senhor
 
Pelos meus braços perfeitos... quando há tantos mutilados;
Pelos meus olhos perfeitos... quando há tantos sem luz;
Pela minha voz que canta... quando tantas emudecem;
Pelas minhas mãos que trabalham... quando tantas mendigam.
 
É maravilhoso Senhor
 
Ter um lar para voltar... quando há tantos que não tem onde ir;
Sorrir... quando há tantos que choram;
Amar... quando há tantos que odeiam;
Viver... quando há tantos que morrem antes de nascer;
Sobretudo...Ter pouco a pedir, e tanto a agradecer.

Ele se locomove com pernas biônicas e é dono de um supermercado
Em 9 de março de 1995, o engenheiro foi encontrado com o corpo divido em duas partes após ser atropelado por um caminhão na cidade chinesa de Shenzhen.
A violência de seu ferimento deixava pouca esperança de sobrevivência. A própria equipe médica se surpreendeu com a recuperação . Perto de completar 15 anos da tragédia, no próximo dia 9, o chinês virou exemplo de superação. 

Atualmente, ele se locomove com pernas biônicas e é dono de um supermercado cujo nome faz referência à sua própria história: Half Man Half-Store Price (“meio homem, metade do preço”, em tradução livre). Ele tem apenas 78 cm de altura, o que restou de seu corpo. 
O processo de recuperação incluiu a retirada de pele da parte superior do corpo do chinês para manter o funcionamento normal de órgãos vitais afetados durante a amputação. 


Esta é a história incrível de Peng Shuilin, um empresário chinês que foi atropelado por um caminhão e conseguiu sobreviver.
 Agora vive sem pernas, sem órgãos genitais e sem parte do quadril. “O meu segredo é a alegria”, afirmou este exemplo de força de vontade e alegria de viver.

 Acamado por mais de dez anos, familiares e amigos tinham pouca esperança de que ele fosse viver qualquer coisa parecida com vida normal outra vez.
Afinal, precisou da ajuda de vinte médicos para conseguir manter-se vivo.
Mas, recentemente, começou a exercitar seus braços, para poder executar tarefas diárias, como lavar seu rosto e escovar seus dentes.Sua recuperação tem surpreendido os cirurgiões, depois dele ser submetido a uma série de cirurgias.
Considerando a situação de Peng, os médicos no Centro de Pesquisa em Reabilitação em Pequim, conceberam uma forma engenhosa para que Peng pudesse caminhar por conta própria. Criaram um corset para manter seu corpo, com as duas pernas biônicas. 





Ele sobreviveu contra todas as probabilidades. Os médicos de Peng Shulin estão surpresos porque ele aprendeu a andar novamente depois de uma década. Os médicos usaram seus conhecimentos técnicos e tudo foi feito cuidadosamente.O diretor do hospital Bujie, Lin Liu, declarou aos meios de comunicação que Shuilin “estava bem cuidado, mas o seu segredo é a alegria, nunca está deprimido”.“Acabamos de lhe fazer um exame geral e está melhor que a maioria dos homens da sua idade.
 É impressionante porque é a única pessoa no mundo que sobreviveu com tal “quantidade” do corpo amputado”, concluiu o médico.

Peng foi andando pelos corredores do Centro de Pesquisa em Reabilitação em Pequim, com o auxílio de suas pernas especialmente adaptadas e um andador redimensionado.
“Oh é tão satisfatório “andar” novamente depois de 10 anos com a metade de um corpo!” diz Peng.


Peng Shuilin abriu o seu próprio negócio, um supermercado cujo nome faz referência à sua própria história e aos 37 anos de idade tornou-se um empresário e é um exemplo para outros amputados. Com pouca altura, ele se movimenta em uma cadeira de rodas dando palestras de motivação sobre sua recuperação.

Na vida reclamamos de tudo, a maior parte do tempo estamos insatisfeitos reclamando do que não temos. Agora que você conheceu um homem que sobreviveu com a metade do corpo e reconheceu que a vida é algo extraordinário, um triunfo do espírito humano para superar a adversidade extrema, quando quiser reclamar de algo banal, não reclame.
 Lembre-se de Peng Shulin!
Após essa lição de vida do Peng Shuilin, convido você a fazer uma pequena oração.

Obrigado Senhor
 
Pelos meus braços perfeitos... quando há tantos mutilados;
Pelos meus olhos perfeitos... quando há tantos sem luz;
Pela minha voz que canta... quando tantas emudecem;
Pelas minhas mãos que trabalham... quando tantas mendigam.
 
É maravilhoso Senhor
 
Ter um lar para voltar... quando há tantos que não tem onde ir;
Sorrir... quando há tantos que choram;
Amar... quando há tantos que odeiam;
Viver... quando há tantos que morrem antes de nascer;
Sobretudo...Ter pouco a pedir, e tanto a agradecer.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Direito ao Trabalho da Pessoa Deficiente

É somente a partir do início do século XXI que podemos passar a considerar a pessoa com deficiência como parte, efetivamente integrante, do Mercado de Trabalho nacional.

A constituição Federal de 1988, através do Art. 37, inciso VIII, reeditou,em pleno inicio da era da inclusão, o velho paradigma da integração ao dispor que a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência. Em 1991, esse paradigma foi reforçado pela publicação da Lei nº. 8.213 Art. 93 estabelece que a empresa com 100 ou mais empregados esta obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas "com" deficiência habilitada na seguinte proporção: ate 200 empregados, 2% de 201 a 500, 3% de 501 a 1000, 4% e de 1001 em diante 5% esta lei é conhecida como LEI DE COTAS e considerada equivocadamente a primeira Lei de cotas do Brasil mas na verdade constitui uma forma de flexibilidade do Decreto nº 60.501 de 14 de março de 1967 45 anos do decreto assinado pelo então presidente Castelo Branco em 28/03/67. O art. 128 do Decreto 60.501 estabeleceu que as vinculadas à previdência social, com 20 ou mais empregados, são obrigadas a reservar de 2% a 5% dos cargos para atender aos casos de beneficiários reabilitados, na seguintes proporção ate 200 empregados, 2% de 201 a 500, 3% de 501 a 1000, 4% e de 1001 em diante 5% desprezadas as frações e com o minimo de 1. Embora os percentuais sejam os mesmos nos dois, o Decreto era mais restritivo que a Lei porque ele conteplava apenas os casos reabilitados da previdência social, mais exigentes que a lei, ele atingia empresas a partir de 20 empregados e não 100 com a Lei.
 
LEI DE COTAS TEM POUCA EFICÁCIA segundo os estudos feitos pelo Espaço da Cidadania, apena 3,9% dos 15,22 milhões de pessoas com deficiência em idade de trabalhar teriam emprego garantido se fosse plenamente cumprido a Lei de cota no Brasil.

É difícil encontrar pessoas com deficiência para trabalhar? pessoas com deficiência (PcD), em idade de trabalhar e prontas para o mercado de trabalho existem em grande numero, de cada 100 PcD de qualquer idade cerca de 60% compõe a população economicamente ativa.
O exemplo divulgado pela empresa E.I DuPont de Nemours & Co. vem sendo comprovado nos últimos 30 anos. A empresa americana conduziu um estudo durante 8 meses sobre seus 1.452 empregados com deficiência.
Principais conclusões: Adaptação Física: Muitas pessoas com deficiência não necessitaram que o posto de trabalho e a função fossem adaptados.
Segurança: Tanto no trabalho como fora dele, 56% dos trabalhadores com deficiência obtiveram classificação acima da media obtida pelos trabalhadores sem deficiência e 40% foram classificados na media.
Privilégios especiais: Os trabalhadores com deficiência desejam ser tratados como empregados comuns; não exigiram privilégios especiais.
Desempenho profissional: 91% obtiveram classificação média ou acima da média.
Assiduidade: 85% obtiveram classificação média ou acima da média dos trabalhadores sem deficiência.

Ganhos para as empresas em geral.
Baixo índice de rotatividade e absenteísmo.
Pontualidade e disponibilidade  para auxiliar em outras tarefas(atitude proativa).
Disposição para aprender sempre utilizando inteligencias múltiplas.
Maior adaptação para atividades sistemáticas e repetitivas, superando as expectativas da empresa.
Redução nos problemas com chefias (principalmente insubordinação).
Disciplina exemplar e satisfação quanto à remuneração e aos beneficios.
Clientes mais satisfeitos  e elogiando a atitude da empresa (imagem social).

Ganhos para os empregados.
Aumento da autoestima.
Ambiente de amizade e respeito mútuo.
Maior concentração na execução do trabalho.
Orgulho de receber seu trabalho e contribuir para a renda familiar.
Consciência de cidadão produtivo.
Convívio social ampliado.
Maior autonomia nas atividades do dia a dia, graças à eliminação de atitudes paternalistas.

EMPREGAR PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MUITO SEVERA.
Mesmo no caso de possuirem uma deficiência (física, intelectual, auditiva, visual, psicossocial ou múltipla) em nível de incapacidade mas significativa, elas podem hoje competir dentro do mercado de trabalho, através do emprego apoiado, que é uma metodologia de colocação competitiva customizada.
Nesta metodologia, a pessoa com deficiência é, primeiro, colocado no emprego e, depois, é treinada na propia empresa que a contratou processo conhecido como colocar-treinar que é o inverso do processo do tradicional.
O emprego se chama apoiado ou com apoio porque o pretendente a esse emprego recebe apoio individualizado e continuo pelo tempo que for necessário para ele, devido a gravidade de sua deficiência, possa obte-lo, rete-lo e ou obter outros empregos no futuro, se for o caso.
Orientação, instrução no treinamento, aconselhamento, supervisão, aparelhos assistivos, transportes etc, esses tipos de apoio variam de caso para caso podendo ser prestados por vários profissionais dentro da empresa.

ACESSIBILIDADE SAI CARA PARA AS EMPRESAS?
A natureza e os custos de cada adaptação são medidos face aos seguintes fatos principais:
I- Os recursos financeiros globais do recinto.
II- O numero total de empregados.
III- O montante do orçamento da empresa.
IV- O numero e os tipos de recinto ou instalações que pertencem a empresa.
V- Se as adaptações representaria uma ruptura na missão da empresa.
Leva-se em conta que a maioria das acessibilidades utilizadas por trabalhadores com deficiência pode ser aproveitada também  pelos colegas sem deficiência, como portas mais largas, pisos antiderrapantes, ambientes claros, certas tecnologias (softwares, hardwares etc.) e certas ferramentas, trudo isso é útil para todos os trabalhadores.

As empresas alegam que não há pessoas com deficiência(PcD) com qualificação, mas se uma empresa realmente desejou contratar PcD e não encontrou nenhuma com qualificação, pode ter havido um lamentável desencontro, por um lado a empresa esta disposta a empregar PcD e não as encontrou,por outro muitas pessoas com deficiência devidamente qualificadas encontraram empresas que não queriam contrata-las.
Junto a necessária qualificação profissional com a necessária escolaridade, muitas pessoas com deficiência não encontram as empresas dispostas a contrata-las ou então encontraram vagas compatíveis nas empresas que não as queriam contratar. Segundo uma reportagem de Camila Mendonça, "o numero de pessoas com deficiência com ensino superior completo ou pós-graduação no mercado formal de trabalho caiu 28,2% nos últimos três anos". Se considerarmos candidatos com deficiência, com qualificação profissional e com todos os níveis escolares, a queda foi de 123%.
A reportagem revela que o Ministério do Trabalho e Emprego começou a analisar em 2007 esse mercado, 51.676 empregados com deficiência tinham de graduação a doutorado.
Em 2010 eles totalizavam 37.103, portanto a queda na contratação de profissionais com deficiência, e com ensino superior completo ou pós-graduação ocorre apesar da reclamação constante das empresas sobre a falta  de qualificação das pessoas com deficiência para cumprir a Lei de Cotas.

FONTE: REVISTA REAÇÃO, Coluna especial por Kazumi Sassaki

quinta-feira, 19 de abril de 2012

“portadoras de deficiência” ou “portadoras de necessidades especiais”

Grande parte da sociedade, que não possui familiaridade ou não atua na área da deficiência, promovendo a cidadania e inclusão social, utiliza o termo “portadoras de deficiência” ou “portadoras de necessidades especiais” para designar alguém com deficiência.

 Na maioria das vezes, desconhece-se que o uso de determinada terminologia pode reforçar a segregação e a exclusão.
Cabe esclarecer que o termo “portadores” implica em algo que se “porta”, que é possível se desvencilhar tão logo se queira ou chegue-se a um destino. Remete, ainda, a algo temporário, como portar um talão de cheques, portar um documento ou ser portador de uma doença. A deficiência, na maioria das vezes, é algo permanente, não cabendo o termo “portadores”. Além disso, quando se rotula alguém como “portador de deficiência”, nota-se que a deficiência passa a ser “a marca” principal da pessoa, em detrimento de sua condição humana.
 Até a década de 1980, a sociedade utilizava termos como “aleijado”, “defeituoso”, “incapacitado”, “inválido”… Passou-se a utilizar o termo “deficientes”, por influência do Ano Internacional e da Década das Pessoas Deficientes, estabelecido pela ONU, apenas a partir de 1981. Em meados dos anos 1980, entraram em uso as expressões “pessoa portadora de deficiência” e “portadores de deficiência”. Por volta da metade da década de 1990, a terminologia utilizada passou a ser “pessoas com deficiência”, que permanece até hoje.
 A diferença entre esta e as anteriores é simples: ressalta-se a pessoa à frente de sua deficiência. Ressalta-se e valoriza-se a pessoa, acima de tudo, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais. Também em um determinado período acreditava-se como correto o termo “especiais” e sua derivação “pessoas com necessidades especiais”. “Necessidades especiais” quem não as tem, tendo ou não deficiência? Essa terminologia veio na esteira das necessidades educacionais especiais de algumas crianças com deficiência, passando a ser utilizada em todas as circunstâncias, fora do ambiente escolar. Não se rotula a pessoa pela sua característica física, visual, auditiva ou intelectual, mas reforça-se o indivíduo acima de suas restrições. A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência.
 Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa.

Maria Isabel da Silva. jornalista 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A QUESTÃO AINDA É ACESSIBILIDADE

"A ausência de adaptações que sigam as normais se deve, principalmente, à falta de informação tanto da população, quanto do próprio Poder Público.
Dessa maneira, constrõem-se preconceitos e mitos a cerca da figura do deficiente. Por exemplo, tem-se no imaginário da sociedade que o deficiente não gosta de sair de casa.
Na verdade, o que acontece é que por falta de condições de acessibilidade - seja no transporte público, em edifícios ou em áreas de lazer - torna-se complicado para que a pessoa com deficiência se locomova. Por isso, ela própria acaba sentindo-se improdutiva.
Se nem consegue se vestir sozinha, como ela seria capaz de estudar ou trabalhar?"
 Renato Laurenti www.saci.org.br



Garantir uma plena acessibilidade é um aspecto de essencial qualidade de vida de todos os cidadãos.
O atual quadro comunitário da “União Europeia” da prioridade a projetos que contemplem a acessibilidade acautelando, assim, a mobilidade da diversidade humana. Mas, convém não esquecer que a acessibilidade sempre foi uma preocupação de todos os governos em seus discursos, contudo as ações foram insuficientes.

A acessibilidade divide-se em dois aspectos principais: a acessibilidade urbana ou arquitetônica e a acessibilidade tecnológica. Mas é necessário que as duas trabalhem em conjunto para garantir que todos os cidadãos possam ter o perfeito exercício do direito à cidadania.

Via Pública – Actualmente não existem intervenções urbanas inovadoras e coerentes com a filosofia de “Espaços Urbanos Acessíveis”, as calçadas sem rampas são uma constante, os semáforos raramente estão bem temporizados, ainda não se eliminaram os obstáculos dos passeios e para as pessoas com problemas sensoriais faltam equipamentos de orientação e texturas diferenciadas.

Edifícios Públicos – É um autêntico cataclismo o acesso a edifícios públicos desde o seu espaço circundante até ao seu interior; os cinemas com falta de lugares para pessoas em cadeira de rodas; museus constantemente inacessíveis devido às barreiras arquitetônicas, banheiros adaptados são uma raridade; muitos tribunais, câmaras e prefeituras não tem elevadores. Resumindo, muito falta fazer para colocar um fim às inacessibilidades dos edifícios públicos e privados.

Transportes Públicos – No Brasil existe uma perfeita acessibilidade nos transportes públicos.
Para um cidadão de cadeira de rodas viajar de trem, metro e ônibus só nas grandes cidades só por muita necessidade e no interior do país e quase impossível.

Computador e Internet – Nesta sociedade contemporânea tudo gira à volta deste meio de comunicação desde uma simples escrita à navegação na Internet. No entanto, o maior construtor de sistemas operativos “Microsoft” pouco se empenhou em desenvolver processos de acessibilidade. Esta é uma “dívida” que o Sr. Bill Gates tem para com a sociedade. Na Internet, ainda, existem sites públicos inacessíveis. Apesar desta acessibilidade ter a sua complexidade, quando bem executada permite a inclusão digital de todos.

Turismo e Lazer – Pouco sabe-se sobre turismo adaptado no Brasil e principalmente em outros países a falta regulamentação e apoio as poucas empresas quase não existem. O desenvolvimento tecnológico torna-se imprescindível, baseando-se no desenho universal inclusivo completamente acessíveis e uma realidade para todos.
Foi criado o “Conceito Europeu de Acessibilidade” mas este não passa de uma utopia porque, cada país tem as suas leis e a União Europeia ainda está muito longe de chegar a consensos.

VEJA EXEMPLOS DE INACESSIBILIDADE DO CONCEITO EUROPEU:













Aparentemente o mundo não sabe direito o que é ACESSIBILIDADE

Programa fala sobre barreiras que deficientes enfrentam em vida amorosa


Em diversos relatos, deficientes físicos e mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa bem-sucedida.

Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as dificuldades começam no primeiro contato, o ponto de partida para qualquer relacionamento.

"Você não pode entrar em uma sala de modo casual e dar aquela olhada. Você não pode sorrir para alguém que você já viu duas vezes anteriormente passando pela rua", diz Higginbotham.

Com um título provocante, o programa "The Undateables" (que poderia ser traduzido como "Os Inamoráveis") conta histórias como a de Higginbotham e virou alvo de discussões acaloradas nas redes sociais principalmente por conta do título.

O programa mostra ainda uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de aprendizagem, a "Stars in the Sky", que assegura que seus clientes cheguem seguros ao local do encontro e os ajuda a encontrar "a pessoa certa".

A agência diz já ter organizado mais de 180 encontros desde 2005, com um saldo de um casamento, uma união entre pessoas do mesmo sexo, três noivados e 15 relacionamentos sérios.

Reações

O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reações e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.
Adrian Higginbotham diz que para ele, que é cego, dificuldades começam no primeiro contato
Lisa Jenkins, de 38 anos, relata sua experiência em um encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia cerebral.
"Nós entramos em um bar e ele imediatamente desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não consegui. Não havia corrimão", conta.



Lisa Jenkins fala sobre encontro com homem que não sabia que ela tinha paralisia cerebral

Quando seu acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre sua paralisia cerebral.
"Eu podia ver a mudança em seu rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim", diz.
"Eu já tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de errado com eles por isso."
Jenkins conta que já chegou a ouvir de um potencial pretendente que ele "sempre teve interesse por sexo bizarro".
Em uma sondagem feita em 2008 pelo jornal britânico The Observer, 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com um deficiente.
Shannon Murray, uma modelo na casa dos 30 anos, há 20 em uma cadeira de rodas, conta que, quando era adolescente, alguns rapazes lhe ofereciam uma bebida e em seguida perguntavam se ela ainda podia fazer sexo.
Internet
O programa discute também a era dos encontros pela internet e um novo dilema surgido com ela: um deficiente deve revelar sua condição imediatamente ou esperar que as pessoas o conheçam melhor antes de contar sobre sua deficiência.

Lisa Jenkins fala sobre encontro com homem que não sabia que ela tinha paralisia cerebral
Murray – que tem sempre em seu telefone uma lista de bares e restaurantes com acesso fácil para cadeiras de rodas, com medo de parecer pouco independente em um primeiro encontro – diz que já fez os dois.
Ela conta que em apenas uma ocasião um pretendente resolveu abandonar a relação após descobrir que ela era deficiente.
Murray diz que tentou também a abordagem oposta, colocando em um site de relacionamentos comum uma foto em que sua cadeira de rodas era bem visível e uma frase bem-humorada, dizendo que, se o interesse da pessoa era escalar o Everest, ela não poderia ir junto, mas ficaria no campo base e tentaria manter a barraca aquecida.
"Esperava que, revelando minha deficiência assim, no início, geraria menos interesse, mas acabei recebendo mais respostas do que quando escondia a cadeira. Fiquei entre as cinco mulheres que receberam mais atenção no site naquela semana", conta.

terça-feira, 3 de abril de 2012

A Dificuldade das Pessoas com deficiência na sua sexualidade

Viver a sexualidade é uma necessidade de todos, é como comer, dormir… quem tem dificuldades na sexualidade, tem também nos relacionamentos, no lazer, na vida. É preciso não dificultar o que é tão simples, o amor está na lei da vida, todos vivenciamos o amor em diferentes níveis. As barreiras somente existem quando não acreditamos em nosso potencial, amar é um ato corajoso de abertura, é arriscar, desejar alguém é experimentar sentimentos e sensações parcialmente controláveis.

“A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo governo brasileiro em 2008, reitera a necessidade de que os Estados tomem medidas para assegurar o acesso de pessoas com deficiência a serviços de saúde, inclusive na área de saúde sexual e reprodutiva e de programas de saúde pública destinados à população em geral. Constitui ação prioritária do Ministério da Saúde o fortalecimento da Política dos Direitos Sexuais e Reprodutivos, que vem sendo implementada através de ações intersetoriais e interministeriais. A Política Nacional de Saúde para Pessoas com Deficiência estabelece em suas diretrizes que ações voltadas para a saúde sexual e reprodutiva são elementos de atenção integral à saúde das pessoas com deficiência”.

Sexo e lesão medular. E agora?
Sexualidade e deficiência física
Desfazendo mitos para amenizar o preconceito sobre a sexualidade da pessoa com deficiência

Para garantir a saúde sexual e reprodutiva de pessoas com deficiência é preciso incluir a Educação Sexual como matéria obrigatória nos Centros de Saúde e Educação abertos para este público. Um bom programa de educação sexual deve seguir os seguintes princípios:

Toda pessoa tem direito a expressão sexual e responsável;
O ajustamento sexual é facilitado pela maior comunicação sexual;
A inclusão afetivo sexual é um dos aspectos essenciais da saúde plena;
A expressão sexual é um processo dinâmico, que sofre alterações de acordo com as necessidades físicas, as experiências e o meio social;
A aceitação sexual é secundária à autoaceitação sexual;
A sexualidade somente pode ser expressa, reprimida ou suprimida.
Os programas de educação sexual de pessoas com deficiência devem se preocupar prioritariamente com a acessibilidade dos materiais de apoio: vídeos, revistas e sites educativos, eróticos e pornográficos. Quanto ao conteúdo didático, além de abordar temas tradicionais da sexualidade, tais como: anatomia e fisiologia sexual masculina e feminina; Fases do ato sexual; Concepção, Gravidez e parto; Métodos de prevenção de DSTs; Papéis sexuais; Orientação sexual; Masturbação e Erotismo; Desvios Sexuais; Tratamentos de disfunções sexuais; Acessórios e recursos sexuais.

Deve também abordar temas relacionados às especificidades das diferentes deficiências como: Possíveis repercussões da deficiência na função sexual; Categorias de acessibilidade: arquitetônica, do mobiliário, do material, de comunicação e atitudinal no lazer sexual adulto; Apoios à comunicação, à movimentação e ao aprendizado de limites sociais no caso específico da deficiência intelectual.

Dentro da especificidade de cada deficiência existem algumas atitudes essenciais que devemos implementar quando vamos promover a inclusão afetiva da pessoa com deficiência. Nas DEFICIÊNCIAS FÍSICAS devemos estar atentos a acessibilidade arquitetônica e de mobiliário do lazer sexual adulto, à informação sobre tratamentos e medicações para disfunções sexuais para as deficiências físicas que tenham alterações vasculares e neurológicas.

Na DEFICIÊNCIA AUDITIVA, a Educação e terapia sexual deve ser realizada em LIBRAS, seja através da formação do profissional de educação e saúde nesta segunda língua brasileira, seja na contratação de intérpretes de LIBRAS e, neste caso, é também recomendada a formação dos intérpretes em educação sexual. Para implementar a comunicação sobre os inúmeros detalhes da vivência sexual e afetiva é necessária a criação e divulgação de sinais sobre sexualidade em LIBRAS. A pessoa com deficiência auditiva precisa receber informação atualizada sobre sexualidade.

A pessoa com DEFICIÊNCIA VISUAL, deve ser estimulada a desenvolver suas habilidades perceptivas (olfato, paladar, tato, audição, propriocepção) a serviço da vivencia afetivo sexual. Necessitam de informação impressa em Braile ou em formato digital (usuários de sintetizadores de voz – Jaws, Virtual Vision, Dos-Vox) sobre sexualidade. Edição de Áudio livros sobre educação sexual e sobre contos eróticos.

A pessoa com DEFICIÊNCIA INTELECTUAL necessita que os pais, os educadores e os terapeutas sexuais utilizem mediações pedagógicas para educação sexual, indiquem acessórios e recursos sexuais para masturbação daqueles que não conseguem ter relacionamentos. E principalmente o fomento de uma rede de apoios para o relacionamento afetivo sexual.

O objetivo final da inclusão do tema sexualidade nas resoluções da ONU 2006 é o aumento da autoestima da pessoa com deficiência quanto a seu potencial, para a vivência plena da sexualidade. A meta a ser atingida é que a pessoa com deficiência valorize sua própria identidade e diferença e que a sociedade como um todo contribua em ações efetivas para a equiparação de oportunidades na paquera, sedução e manutenção de relacionamentos sexuais e reprodutivos desta população.