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Rui Barbosa.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

A Historia do esporte para pessoas portadoras de deficiência física.

A Historia:

Os primeiros registros de esporte para pessoas portadoras de deficiência foram encontrados em 1918 na Alemanha, nos quais consta que um grupo de soldados alemães que se tornaram portadores de deficiência física após a guerra, se reuniam para praticar tiro e arco e flecha. Em 1932 na Inglaterra formou-se uma associação de jogadores de Golfe com um só braço.
Em 1944 o neurologista alemão Sir Ludwig Guttmann começou a trabalhar com arco e flecha no Hospital de Reabilitação de Stoke Mandeville, em Aylesbury, Inglaterra.

Em 1948, paralelo aos XIV Jogos Olímpicos, Sir Guttmann realizou os I Jogos Desportivos de Stoke Mandeville , com a participação de 14 homens e 2 mulheres da Forças Armadas Britânicas em uma única modalidade, Arco e Flecha.

Em 1952, Sir Guttmann realizou o II Jogos Desportivos de Stoke Mandeville com a participação de 130 atletas entre ingleses e holandeses.

Em 1960, acontece a Primeira Paraolimpíada na Cidade de Roma, Itália, com a participação de 23 países e 400 atletas. A palavra PARA (olimpíadas) não tem a conotação de Paraplégico mas sim de Paralelo as Olimpíadas, pois os jogos são realizados duas semanas após as Olimpíadas e no mesmo país , sendo utilizadas as mesmas instalações desportivas, com as necessárias adaptações.

Em 1964, foram realizados os II Jogos Paraolímpicos, em Tóquio, Japão.

Em 1968, os III Jogos Paraolímpicos em Tel Aviv, Israel.

Em 1972, os IV Jogos Paraolímpicos em Heidelberg, Alemanha. Pela primeira vez, o Brasil participa da competição na modalidade de BOCHA mas , pela pouca experiência, não consegue conquistar nenhuma medalha.

Em 1976, nos V Jogos Paraolímpicos em Toronto, Canadá, o Brasil conquista as suas duas primeiras medalhas Paraolímpicas, e são de prata, na modalidade de BOCHA.

Em 1980,nos VI Jogos Paraolímpicos em Arnhem, Holanda, a primeira vez em que o Brasil participa na modalidade de basquetebol em cadeira de rodas e natação, mas não conquista medalhas.

Em 1984, nos VII Jogos Paraolímpicos em Aylesbury, Inglaterra e Nova Iorque, EUA, foi a melhor participação do Brasil em todas as Paraolimpíadas, com apenas 21 atletas na Inglaterra, foram conquistadas 6 medalhas de ouro, 12 de prata e 3 de bronze, batendo 2 recordes Paraolímpicos e 3 mundiais. Foi a primeira participação dos atletas brasileiros portadores de deficiência visual nos EUA e conquistaram a medalha de prata na modalidade de atletismo.

Em 1988, nos VIII Jogos Paraolímpicos em Seul, Coréia do Sul, o Brasil novamente dá um Show : conquista 27 medalhas, sendo 4 de ouro, 10 de prata e 13 de bronze.

Em 1992, nos IX Jogos Paraolímpicos em Barcelona, Espanha,o Brasil conquista 7 medalhas, sendo 3 de ouro e 4 de bronze.

Em 1996, nos X Jogos Paraolímpicos de Atlanta, EUA, o Brasil conquista 21 medalhas, sendo 2 de ouro, 6 de prata e 13 de bronze. A XI Paraolimpíadas será realizada entre os dias 18 e 29 de Outubro de 2000, na cidade de Sidney, Austrália, com a participação de 125 países, mais de 4.000 atletas, 2.000 técnicos, 1.000 árbitros, 2.000 repórteres, 18 modalidades esportivas, 14 modalidades paraolímpicas, é o segundo maior eventos esportivo do mundo e será televisionada para mais de 110 países. O Comitê Paraolímpico Brasileiro deverá estar levando em torno de70 atletas brasileiros. (www.add.com.br), 2001.



Atividade Fisica para portadores de deficiência física:

"UNESCO estabelece que a prática da educação física é um direito de todos e que programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos no seio da sociedade (carta internacional de educação física e desporto, 1978)."
A escolha de um esporte depende em grande parte das oportunidades oferecidas da condição econômica para a seleção de determinado esporte, da aptidão da criança ou da falta de condição do próprio deficiente tendo em vista o grau de sua deficiência.
Os esportes podem ser praticados pelos deficientes em quase sua totalidade considerando-se seu grau de deficiência e suas dificuldades, devido a estas são feitas algumas modificações de regras e adequações que facilitam a prática promovendo a participação de um maior número de deficientes.
O deficiente é carente e traz consigo uma série de "nãos", que lhe são impostos no dia a dia.
Ficam neles retidas as capacidades de pensar, sentir e agir. É preciso dar a esse aluno deficiente plenas capacidades de desenvolver suas capacidades criativas e espontâneas.

Novas perspectivas da integração do deficiente:

A integração das pessoas portadoras de deficiência insere-se no conjunto do processo político, econômico e social exige a formulação e o desenvolvimento de programas nos diferentes níveis da administração e a conjugação de esforços de todos os segmentos da organização social e da vida coletiva. Pois não só os indivíduos sofrem no corpo e na mente as deficiências que o atingem: o preconceito e o desconhecimento ferem a cidadania, afetam a organização da sociedade, introduzem na economia um ônus que poderia ser evitado.
Para a integração portadoras de deficiência tem, aliás, raízes nas condições de vida de grande parte da população, determinadas pelas distorções de renda vigente.
Constata-se desse modo que a maioria das pessoas portadoras de deficiência não recebem nenhum atendimento semelhante ao prestado ao restante da população e que não foi atingida por qualquer medida que a habilite a integrar-se normalmente à sociedade.O governo entende que, coordenando e incentivando ações por órgãos de diferentes esferas administrativas, há de se obter a racionalização dos resultados a alcançar. a ampliação de prevenção e atendimento e a efetiva integração social das pessoas portadoras de deficiência."
(AUSTIN,p.13,1986).
Sociedade e Estado são uma só realidade no ataque a este problema, pois só é a nação que sofre, numa décima parte de seus filhos, limitações que podem ser evitadas, recuperadas ou compensadas, mas cuja manutenção já não se pode tolerar.
Um programa de conscientização não estará completo enquanto se limitar à divulgação de informações - importantíssimas e essenciais; ele visa, em última instância, a mudança de ordem prática: uma atitude de atitude. Seu objetivo central é permitir que a sociedade venha se tornar sujeito deste programa, única forma duradoura de encontrar o caminho para a sua superação.



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