"Quem não luta por seu direitos, não é digno deles"
Rui Barbosa.

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

EMPRESAS AÉREAS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA



Não ha bom senso das empresas aéreas para com a pessoa com deficiência especialmente cadeirantes as reclamações e ate processos são muitos, e, como sempre acontece no Brasil fica um jogo de empurra empurra entre a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e essas empresas.
Infelizmente esse despreparo e ate descaso ocorre também em outros países.

Frederico Rios relata no blog acessibilidadenapratica.blogspot.com.br veja e leia seu embarque na Alemanha e na França companhia aérea de baixo custo Easyjet foi condenada a pagar 5 mil euros em indenização por impedir uma mulher com deficiência de viajar, fato ocorrido em março de 2010, informou a Associação de Paralíticos da França (APF). No Brasil a jornalista Lucia Maria Moreira que faz parte da equipe sensibiliza da UFF núcleo de acessibilidade e inclusão da Universidade Federal Fluminense enviou este texto colocando as dificuldades enfrentadas num vôo pela companhia aérea GOL.

O Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia instaurou um procedimento administrativo para apurar as condições de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida às aeronaves no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ercias Rodrigues de Sousa, solicitou da Infraero e das companhias aéreas explicações sobre a acessibilidade, baseando-se em denúncia feita pela Federação dos Portadores de Deficiência de Rondônia.
Segundo essa entidade, o acesso dos deficientes às aeronaves deveria ter sido providenciado até novembro de 2007, mas nenhuma providência foi tomada. O procurador Ercias de Sousa já encaminhou ofícios a Infraero e às companhias aéreas TAM, Gol, Trip e OceanAir.


A Infraero respondeu alegando que a resolução n° 9/2007, Agência Nacional de Aviação Civil, determina que a responsabilidade de assegurar o transporte de passageiros com deficiência é das operadoras de aeronaves ou empresas aéreas, que devem oferecer veículos e equipamentos, como elevadores, para assegurar o embarque e desembarque das "pessoas portadoras de necessidades especiais".

ambulift



 Comissão de Direitos Humanos e Minorias realizou audiência pública sobre os direitos da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no transporte aéreo.
O debate foi proposto pelo deputado Walter Tosta (PMN-MG), autor de projeto que torna obrigatório o embarque e o desembarque por meio de passarelas telescópicas (fingers) em todas as aeronaves civis com capacidade superior a 50 passageiros (PL 435/11).
O deputado argumenta que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida sofrem rotineiramente constrangimentos ao utilizar o transporte aéreo.
“Um dos casos que ganhou ampla divulgação na mídia de massa foi o ocorrido com a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Mas inúmeros outros casos anônimos acontecem diariamente, submetendo as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida a constrangimentos, transtornos e inconvenientes.
Para ele, é preciso debater com urgência, com as empresas aéreas, vários aspectos relativos à acessibilidade, como embarque e desembarque, utilização dos banheiros em aeronaves, revista e utilização de detector de metais, treinamento e preparo dos funcionários das empresas aéreas para receber as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, entre outros.
Foram convidados para o debate:
- a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário;
- o vice-presidente da Associação Nacional em Defesa dos Passageiros do Transporte Aéreo (ANDEP), Alcebíades Adil Santini;
- o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo Matos do Vale;
- o presidente da Confederação Nacional dos Usuários de Transportes Coletivos, Rodoviário, Ferroviário, Hidroviário e Aéreo (Conut), José Felinto;
- o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), José Márcio Monsão Mollo;
- o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys.

veja algumas orientações da empresa aérea Gol .


Deficiente visual

Clientes deficientes visuais, assim que chegam ao avião, são apresentados ao chefe de cabine. Assim, eles podem receber ajuda durante todo voo, caso seja necessário, e as devidas orientações de segurança. Para dar mais independência ao cliente, a empresa também tem dentro do avião folhetos de segurança em Braille.


Deficiente auditivo

Os clientes com deficiência auditiva também podem solicitar assistência especial da equipe da empresa para ajudá-los na viagem. Para isso, após a compra da passagem aérea, acesse o Atendimento Online pelo site da empresa e informe seu código de reserva (localizador).

Deficiente intelectual
Se você tem essa necessidade ou vai viajar acompanhado de uma pessoa com deficiência intelectual, solicite o atendimento especial aos funcionários da empresa.

Deficiente físico
A empresa oferece cadeiras de rodas para que os clientes com deficiência física ou com alguma dificuldade de locomoção tenham uma viagem mais fácil e prazerosa.
Há funcionários na recepção e comissários de bordo que conhecem a língua de sinais?
Sim, a empresa possui colaboradores que conhecem LIBRAS.
A empresa fornece um treinamento ou algo parecido a fim de melhor lidar com as pessoas com deficiência?
Sim, a empresa possui um treinamento que se chama Atendimento às Prioridades que trata como deve ser o atendimento ao Deficiente. Nele são abordados os tipos de deficiência e como atender cada uma delas.
No caso da pessoa com deficiência visual ter um cão-guia, quais são os procedimentos?
A empresa entende as limitações de alguns clientes e procura deixar a viagem de todos a mais simples e fácil possível. 
No que se refere ao desembarque de uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, como isso é feito? Há elevadores ou outro dispositivo para que o desembarque possa ser feito com segurança?
A empresa possui funcionários especialmente treinados para atendê-los. Passageiros que necessitam de atendimento preferencial devem comunicar, com 72 horas de antecedência, exclusivamente pela Central de Atendimento ao Cliente (0300 115 2121), apresentando relatório médico e, se necessário, o formulário MEDIF(Medical Information Sheet) preenchidos. Dessa forma, o passageiro terá toda assistência no seu embarque, voo e desembarque por parte dos colaboradores da empresa. Mais informações estão disponíveis no link:


Renata Bayarri
Assessora de imprensa da Gol Linhas Aéreas

terça-feira, 15 de maio de 2012

Deficiência física não é obstáculo para gravidez, lembra Ministério da Saúde


O Ministério da Saúde lembra que apesar dos mitos e preconceitos sobre o assunto, mulheres com deficiência física, visual, auditiva ou intelectual também podem engravidar.
Tatiana Rolim cadeirante desde os 17.
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“É impressionante o espanto da sociedade em geral sobre o fato de que mulheres com deficiência, inclusive física, podem engravidar e ser mães. Isso pode nos fazer refletir o quanto a marca da deficiência se sobrepõe à pessoa humana. Portanto, vale dizer: mulheres com deficiência podem engravidar”, a declaração da coordenadora da área da saúde da pessoa com deficiência, do Ministério da Saúde, Vera Mendes, serve como alento para muitas mulheres que desejam ser mãe. “Não importa o tipo de deficiência, seja física, visual, auditiva ou intelectual, elas continuam sendo mulheres e, se assim desejarem, podem viver a experiência da maternidade”, enfatiza Mendes.
Como toda mulher, os cuidados devem começar logo após a notícia da gravidez, durante o pré-natal. É nessa fase que o médico definirá os procedimentos mais adequados a cada caso, respeitando as peculiaridades de cada paciente.
O Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para acompanhar todo o processo de gestação dessas mães. Do acolhimento e orientação ao casal até o momento do parto. Durante a gestação também são realizados exames de avaliação do desenvolvimento do feto e da saúde materna. O acompanhamento do bebê e da mãe não termina no nascimento. Ele segue durante os primeiros meses de vida da criança, incluindo o acompanhamento à saúde da mãe.
Este acompanhamento está disponível desde as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de todo o País, aos ambulatórios especializados nas unidades hospitalares.
O procedimento durante a gestação de uma grávida com deficiência segue o mesmo fluxo de qualquer gestação, sendo eles: pré-natal de risco habitual ou de alto risco. Em cada um dos casos, o médico que acompanha a gestação é quem define os procedimentos a serem seguidos. As orientações são particulares a cada gestação independente da deficiência, que neste caso, é considerado apenas como uma condição a mais a ser observada, mas que não significa obrigatoriamente gravidez de risco.
No caso de mulheres com deficiência de ordem genética, é recomendável a realização de exames complementares. Já para mulheres que fazem uso de cadeiras de rodas a orientação é que durante a gravidez esta possa ser acompanhada por outros profissionais como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que a auxiliem na realização de exercícios terapêuticos e reordenação de suas atividades cotidianas, visando atenuar, por exemplo, problemas circulatórios.
A realização do parto cesariana só é recomendado quando representar maior proteção à saúde da mãe e do bebê. “Isso significa que o mito de que a mulher com deficiência tem que ter cesárea não é correto. Devem ser feitos apenas se recomendado pelo médico que realiza o acompanhamento de sua gestação”, destaca Vera Mendes.
Criada ano passado, em parceria com outros 15 ministérios, o Viver Sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência vai investir nos próximos três anos R$ 7,6 bilhões.
O Plano tem o objetivo de promover a cidadania e o fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade.